Entenda a quebra do Silicon Valley Bank e o impacto no mercado
Saiba mais sobre a quebra do Silicon Valley Bank e o impacto no mercado financeiro devido ao afrouxamento de regras em 2020. Entenda o papel do FDIC na proteção de correntistas e poupadores e como a alta taxa de juros do Federal Reserve afetou empresas de tecnologia. Entenda as consequências da quebra do Silicon Valley Bank e como isso afetou o mercado financeiro. Saiba como a proteção do FDIC funciona e como a alta taxa de juros do Federal Reserve impactou empresas de tecnologia. Leia mais aqui.
Neste artigo, vamos abordar a quebra do Silicon Valley Bank e o impacto no mercado financeiro. Com o afrouxamento das regras pelo Federal Reserve em 2020, instituições financeiras passaram a poder gastar 100% do que recebiam de clientes, o que gerou incertezas quanto à saúde financeira de algumas instituições, incluindo o Silicon Valley Bank. Vamos entender como essa quebra pode afetar o mercado, o papel do FDIC nesse processo e as consequências do aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve. Acompanhe!
Entenda a quebra do Silicon Valley Bank e o impacto no mercado
O Silicon Valley Bank (SVB), um dos principais bancos que financiam startups no Vale do Silício, quebrou em decorrência do aumento dos juros do Federal Reserve (FED) nos Estados Unidos. A instituição financeira vinha apresentando dificuldades em se financiar e ao aumentar os juros pagos aos investidores, teria lucros ainda menores.
A quebra do SVB gerou uma grande incerteza quanto à saúde financeira de outras instituições financeiras, como o First Republic Bank, que já perdeu 30% de valor de mercado nos últimos dois dias. O índice S&P 500 também caiu 11,5% nos últimos cinco dias.
Para evitar um efeito sistêmico, a gestão passou a ser feita pelo Federal Deposit Insurance Corp (FDIC), criado em 1933 para proteger correntistas e poupadores. Funciona de maneira similar ao Fundo Garantidor de Crédito (FGC) no Brasil. O fundo garante até US$ 250 mil por conta mantida em bancos norte-americanos. No entanto, ao todo, 97,3% dos depósitos no SVB não são segurados pelo FDIC.
O impacto do aumento dos juros do FED também enxugou dinheiro da economia real, o que incentiva investidores a tirarem dinheiro de aplicações mais arriscadas, como startups, para ativos mais seguros, como os títulos de dívida do Tesouro norte-americano. Milhares de empresas de tecnologia viram suas ações caírem e encontraram dificuldades para pegar dinheiro emprestado para manter seu cronograma de investimentos.
Além disso, o juro alto faz com que as empresas muito endividadas repensem seus modelos de negócio, pois fica mais difícil girar o capital e reforçar o caixa. Esse é o caso da Americanas aqui no Brasil, que entrou em recuperação judicial pelo alto endividamento (alavancagem). O efeito cascata já pode ser observado em diversas companhias, que passarão agora a ter seus balanços mais escrutinados por investidores.
No Brasil, o sistema financeiro não está em xeque, mas as empresas nacionais já sofrem com a dificuldade de acesso ao crédito. Grandes companhias estão buscando mais dinheiro para administrar suas dívidas. É como se a maré baixasse e mostrasse quem está nadando pelado.
A quebra do SVB é um alerta para as empresas e investidores, pois demonstra a importância de se atentar para os riscos e as consequências do endividamento excessivo. A gestão financeira é fundamental para a saúde de uma empresa, e o planejamento a longo prazo pode evitar que situações como essa ocorram.